Em época da safra de limão no noroeste paulista, os produtores estão sofrendo com a queda nos preços na hora de vender o produto.
Mesmo com o excesso de chuva, os pés de limão estão se desenvolvendo bem na região, como no sítio de Waldinei Roque, em Itajobi (SP). O produtor, que tem 170 mil pés da fruta, conta que na safra passada teve uma produção de 18 mil toneladas, e espera um aumento de 20% nesse ano.
Ele ainda ressalta que o problema tem sido o preço da fruta. Tanto a indústria quanto o mercado têm pago valores bem abaixo do que o produtor considera ideal.
De acordo com dados do Instituto de Economia Agricola, no estado de São Paulo, responsável por 70% da produção nacional, na safra passada foram colhidas 1,8 milhão de toneladas da fruta.
O baixo preço é um reflexo do aumento de área plantada nos últimos anos. O Fundo de Defesa da Citricultura aponta que a área de cultivo no estado de SP passou de quase 28 mil hectares em 2016 para cerca de 52 mil em 2022, um aumento de 85%.
Com a desvalorização da fruta, ficou mais difícil para o produtor cobrir os custos de produção. De 2022 para 2023, o aumento girou em torno de 30%.
Embora o limão tahiti seja hoje a terceira fruta mais exportada pelo Brasil, o mercado externo também não tem sido uma boa alternativa para escoar a produção. Na Europa, principal destino do limão tahiti brasileiro, a demanda despencou com o frio intenso. Mesmo com os valores baixos, cabe ao produtor escoar o limão que tem no pé mesmo sem receber o que esperava.
Com informações do Portal G1