O médium Paulo Roberto Roveroni, acusado de estuprar a ex-enteada por mais de 20 anos, em Catanduva (SP), foi condenado a mais de 26 anos de prisão.
Conhecido popularmente como Paulinho de Deus, Roverani foi condenado a 26 anos e 8 meses de prisão em regime fechado por pedofilia e estupro. A sentença foi dada na sexta-feira (11), mas o resultado foi divulgado nesta terça-feira (15), pois o processo estava sob sigilo.
O médium era o coordenador da Associação Espírita Paulo de Tarso e foi preso em março de 2021 por policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG).
Além da ex-enteada, a filha do suspeito e uma jovem que frequentava o centro espírita relataram à polícia que sofreram abusos cometidos pelo suspeito. O Ministério Público apresentou denúncia apenas no caso envolvendo a ex-enteada, pois os outros crimes prescreveram. As outras mulheres foram ouvidas como testemunhas.
A primeira vítima a fazer a denúncia foi a ex-enteada do médium. Ao portal G1, ela contou que foi vítima de abusos sexuais e psicológicos por 22 anos.
"Esses abusos, estupros, foram progredindo. Ele era meu padrasto, e ainda pior, dirigente da associação. Então, ele sempre foi uma pessoa conhecida, considerado caridoso, educado, que ajuda os pobres."
“Ele dizia que não adiantaria contar, porque eu era uma criança, e ele o coordenador da associação. Realmente, me sentia um grão de feijão no meio do mar, porque ele era o Paulo. Quem iria acreditar em uma menina de 8 anos que foi abusada dentro do centro?”, questionou a jovem.
Em seguida, a filha adotiva de Paulo e a jovem que frequentava o centro espírita também procuraram a delegacia, onde relataram que sofriam abusos sexuais e psicológicos do suspeito.
Em nota enviada à imprensa, na época da prisão, a defesa de Paulo afirmou que as acusações que fizeram, além de infundadas, não retratam a realidade dos fatos.
Fonte: Portal G1