O governador de São Paulo, João Doria, recuou da intenção de não renunciar ao cargo e deverá manter o projeto original de disputar a Presidência da República pelo PSDB. O anúncio foi feito na tarde desta quinta-feira, 31, em um evento no Palácio dos Bandeirantes.
De acordo com informações que circulam na imprensa na tarde, o recuo aconteceu após a direção do PSDB divulgar uma nota assinada pelo presidente do partido, Bruno Araújo, afirmando que "o candidato do PSDB é João Doria. As prévias serão respeitadas. Não haverá contestação".
Segundo as informações, “nos bastidores, interlocutores e aliados de Doria admitem que o governador sinalizou uma possível desistência da disputa com o objetivo de ter um gesto público do PSDB garantindo sua candidatura ao Palácio do Planalto”.
A manobra de Doria foi uma resposta à movimentação do ex-governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que não aceitou a derrota nas prévias da legenda que asseguraram que Doria seria o candidato do partido à Presidência da República. Leite renunciou ao cargo nesta semana, o que acendeu a luz de alerta entre os aliados de Doria.
Uma ala tucana também pressionava para que o governador paulista desistisse da disputa presidencial em função do baixo desempenho nas pesquisas de intenção de voto.
Rodrigo Garcia
Na manha desta quinta-feira, 31, a imprensa chegou a divulgar que o vice-governador Rodrigo Garcia teria rompido com o Governador João Dória por considerar a atitude do governador quebra do acordo firmado entre os dois, onde Rodrigo assumiria o governo do estado após a renúncia de Dória e seria o candidato nas eleições de outubro.
Porém, no meio da tarde foi divulgado que, durante um almoço, Governador e Vice-Governador selaram a paz retornando aos planos iniciais.